Unidos pela transformação

O Centro Comunitário da Criança do Parque Itajaí I e Região – CECOMPI – nasceu em abril de 1989, a partir da iniciativa de um grupo de mulheres, moradoras pioneiras do Parque Itajaí. Sensibilizadas com a chegada de famílias transferidas de áreas de ocupação e favelas da cidade, principalmente da região conhecida como Moscou, essas mulheres começaram a oferecer sopa como forma de acolhimento às pessoas em situação de extrema vulnerabilidade alimentar.

Com o passar do tempo, a mobilização cresceu. Liderado majoritariamente por mulheres atuantes na comunidade, o grupo realizou o cadastramento das famílias em situação de risco, organizando a distribuição de roupas e cestas básicas por meio de doações de pessoas físicas e do Comitê Contra a Fome e pela Cidadania.

A partir de uma Assembleia Geral, que reuniu moradores dos bairros Parque Itajaí, Floresta, Valença, Lisa e demais áreas da região do Campo Grande, definiu-se como prioridade o atendimento a crianças e adolescentes – filhos e filhas dessas famílias – que viviam em condições de vulnerabilidade social. Assim, nasceu o programa socioeducativo, voltado para crianças e adolescentes de 6 a 14 anos e 11 meses, com atividades oferecidas de segunda a sexta-feira, no contraturno escolar. As ações são integradas à família, com uma abordagem humanizada e acolhedora.

Com quase 36 anos de atuação, o CECOMPI é hoje uma referência em sua comunidade, promovendo cidadania, inclusão social e desenvolvimento humano. Nosso trabalho é pautado pela Constituição Federal de 1988, que orienta a proteção social do cidadão frente às situações de risco, desvantagem, vulnerabilidade ou limitações, reforçando que essa é uma responsabilidade coletiva, compartilhada por toda a sociedade.

“Proteção social ao cidadão em face do risco, da desvantagem, da dificuldade, da vulnerabilidade, da limitação temporária ou permanente e de determinados acontecimentos previsíveis ou fortuitos nas várias fases da vida. Uma responsabilidade do conjunto da sociedade, na esfera do interesse público.”
— Silva, 2004

Ilza Cardoso Barbosa